12 de nov. de 2010

Má gestão

Prejuízo milionário em contrato entre Petrobras e MMX é deplorável, condena Pannunzio

O deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP) classificou de “deplorável” o rombo de R$ 14,7 milhões aos cofres públicos gerado por um contrato da Petrobras com a MMX, empresa do bilionário Eike Batista. Seis ex-diretores da estatal estão sendo cobrados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a devolver o valor por prejuízos no contrato para a construção da Termoceará.

De acordo com reportagem da “Folha de São Paulo”, os valores são parte de um prejuízo calculado em quase R$ 3 bilhões em negócios da Petrobras com três termelétricas no início da década passada. Além da Termoceará, as outras duas térmicas eram no Rio de Janeiro. A estatal pagava preços excessivos pela energia gerada nessas unidades. Além disso, tinha que colocar dinheiro nas termelétricas, mesmo se elas não gerassem energia.

Na avaliação do parlamentar, são os critérios de natureza político-partidários e de identidade ideológica utilizados pelo PT os responsáveis por contratos mal-sucedidos que causam prejuízos ao Estado. Segundo o tucano, a gestão petista não leva em consideração a competência das pessoas para dirigir entidades de tal responsabilidade. “Supondo que tudo tenha sido simplesmente por má gestão é deplorável porque mostra que o critério de aparelhamento não funciona. E o pior é se isso foi feito propositadamente com pagamentos inadequados e de caráter duvidoso por parte de diretores designados pelo governo”, condenou nesta sexta-feira (12).

Outro problema é que os contratos foram feitos durante a crise do apagão (2001), quando o preço da energia estava alto. As usinas entraram em operação com os preços até 90% mais baixos. Quando elas geravam energia, a Petrobras pagava pelo preço do apagão.

Pannunzio afirmou que os contratos realizados na época do apagão refletiam uma circunstância emergencial, mas que depois desse período o governo Lula deveria ter realizado uma correção nos acordos que não levam em consideração a realidade atual. “A má gestão está, no mínimo, caracterizada”, avaliou o deputado. (Reportagem: Alessandra Galvão/Foto: Eduardo Lacerda)

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